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Gato quieto é sinal de alerta aos tutores
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Gato quieto é sinal de alerta aos tutores
15/04/2024

Frente à dor, cães e gatos manifestam comportamentos diferentes. Enquanto os cachorros tendem a se movimentar, mesmo que de maneira limitada, os gatos adotam uma abordagem de mínimo esforço, como se raciocinassem “se está doendo, por que me mexer?”. Consequentemente, os felinos reduzem seus deslocamentos, evitam atividades que exijam esforço, como subir em locais altos, e tendem a ficar mais reclusos.

A Doença Articular Degenerativa (DAD), também conhecida como osteoartrite ou popularmente como artrose, é mais comumente associada a animais idosos. No entanto, estatísticas indicam que cerca de 90% dos animais com mais de 12 anos sofrem desse problema, e até mesmo felinos jovens podem ser afetados pela enfermidade.

O médico-veterinário especialista em dor, Rodrigo Mencalha, explica que a artrose é o desgaste das cartilagens nas articulações, que tem como principal sintoma a dor crônica, provocando grande sofrimento. “Nos felinos, as áreas mais atingidas são ombros, joelhos, cotovelos, quadris, a parte posterior das costas e os cotovelos, que equivalem aos calcanhares em humanos”, expõe.

Tutores devem estar atentos a essas manifestações:

  • dificuldade ou hesitação para subir ou descer escadas; caminhar por escadas com lentidão;
  • diminuição na atividade de pulos ou não conseguir pular tão alto quanto antes;
  • corpo mais rígido;
  • animal menos ativo e brincalhão;
  • comportamento mais fechado, evitando contato ou maior dependência;
  • redução ou excesso de autolimpeza em uma área dolorida;
  • agressividade quando manipulado ou com outro animal;
  • eliminação inapropriada (não usa a caixa de areia para urina e/ou fezes).

Tratamento e controle

A dor crônica não tem cura, mas tem controle. “O animal não precisa sentir dor todos os dias, mas ele terá crises ao longo da vida. A dor crônica pode se manifestar de três formas diferentes: dor todos os dias; dor todos os dias, intercaladas com crises de dores mais intensas; dor recorrente, o animal não tem dor todos os dias, mas as crises ainda podem acontecer.

O melhor cenário é o da dor recorrente, na qual o gato pode ficar dias, semanas e até meses sem dor, e a crise, geralmente, acontece por falta de medicação, por exagero nas suas atividades físicas ou ainda em decorrência de dias mais frios”, esclarece.

O profissional acha válido lembrar que a gestão da crise da dor é diferente da gestão da doença. “O tratamento farmacológico serve para o alívio da dor. A dor crônica é tratada com medicamentos e técnicas não medicamentosas. Na terapia farmacológica, são aplicados medicamentos de ação rápida para a fase inicial e, para a gestão das crises, por exemplo, os anti-inflamatórios”, menciona.

Há, também, os medicamentos de ação mais lenta, que são utilizados continuamente e visam controlar os sintomas da doença, como os nutracêuticos e suplementos alimentares, amantadina e gabapentinoides. “Nessa categoria,  encontra-se o anticorpo monoclonal anti-NGF, o frunevetmab (Solensia), que, atualmente, é considerado a primeira escolha no tratamento da osteoartrite felina. Esse medicamento reduz a quantidade de NGF (do inglês Nerve Growth Factor – fator de crescimento neural), o que resulta em alívio da dor”, indica.

O veterinário também frisa que, por mais que seja possível aliviar a dor com medicamentos, o animal precisa de reabilitação física, pois os movimentos disfuncionais adquiridos para se proteger da dor cursam com intensas alterações na sua biomecânica corporal. “Assim, a fisioterapia tem papel relevante para a qualidade de vida dos pets nessa condição”, encerra.

 

Fonte: Cães e Gatos.

 

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